

As duas principais bibliotecas da cidade criadas no século XX foram reformadas, se modernizaram e ampliaram suas atividades cedendo espaço para eventos culturais
Após a reforma a biblioteca Mario de Andrade recupera o status
Há alguns anos, empresas públicas e privadas pediram na justiça melhores condições uma vez que, a deterioração da BMA já ultrapassava limites não só de estrutura como também de limpeza. Após manter as portas fechadas por três anos, em 2007 a prefeitura assinou um contrato de reforma, que custou cerca de R$ 16,3 milhões.
No dia 25 de Janeiro de 2011, aniversário da Cidade de São Paulo, a BMA é reaberta. Com cerca de 327 mil livros, desses 51 mil considerados obras raras e especiais. Depois da reforma passou a ter um espaço mais amplo para atrações culturais, com apresentações musicais e o apelidado “mesa redonda” com especialistas interagindo com o público e debatendo as principais questões sociais, como educação, cultura, mercado de trabalho entre outras. Devido a isso e a outros fatores a biblioteca que recebia 300 pessoas por dia antes da reforma, agora recebe 1000 pessoas diariamente.
A Biblioteca Mario de Andrade está localizada numa das principais ruas de São Paulo a Consolação, no Centro de São Paulo, umas das mais antigas da cidade com 86 anos de existência e a segunda maior do país, ficando atrás somente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Seu acervo é rico em suporte universitário e o segundo maior documental bibliográfico do país. Disponibilizando obras raras dos séculos XV e XIX, tais como mapas, gravuras, além de documentos sobre a história da cidade e do estado de São Paulo. Além disso, conserva a primeira coleção de arte moderna que reúne renomados artistas brasileiros, entre eles, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari e Anita Malfatti.
Maria Christina Barbosa de Almeida é a diretora da instituição, e autora do livro Planejamento de bibliotecas e serviços de informação, lançado em 2005.
Maria Christina Barbosa de Almeida é a diretora da instituição, e autora do livro Planejamento de bibliotecas e serviços de informação, lançado em 2005.
Biblioteca Monteiro Lobato símbolo de cultura para crianças e adultos
Ela é a mais antiga biblioteca infantil em funcionamento no Brasil, situada na região central da cidade perto de duas estações de metrô: Santa Cecília e República. Facilitando a localização para os mais variados públicos que freqüentam diariamente o espaço.
Possuí um acervo de 59 mil volumes com obras de literatura em geral, livros didáticos, dicionários, enciclopédias, jornais, revistas, mapas, atlas, CD’s, DVD’s e fitas cassetes. Embora o acervo seja diversificado, é um número bem abaixo da BMA.
Além disso, contém um banco de textos teatrais da Biblioteca Monteiro Lobato, um acervo com cerca de 3500 volumes, e a Gibiteca com mais 3300 exemplares de gibis, álbuns, mangás e RPG.
A biblioteca deixou de ser um espaço somente para a leitura, mas também para ser um espaço de cultura, atualmente possuí mais de oito atividades para crianças, jovens e adultos. Criaram sala de artes, discoteca, seção de livros raros, teatro de Bonecos, o acervo Monteiro Lobato, Teatro Infantil Monteiro Lobato/TIMOL, Academia Juvenil de Letras e a sala de vídeo. Como o forte do local é o público infantil, na área externa há um playground onde as crianças podem brincar a vontade. Pensando no público adulto dentro da biblioteca há um Tele Centro da prefeitura em funcionamento desde 2007, com 20 computadores 75% deles são dedicados à formação da população, e outros 25% são reservados para o uso livre dos cidadãos, tendo acesso gratuito à Internet e a impressão de documentos.
Com a ascensão da tecnologia é fundamental que uma biblioteca faça uso dela, para melhorar o seu funcionamento. A partir de 2009 o acervo pode ser consultado por meio de um catálogo online, que possibilita o usuário fazer as pesquisas pela Internet antes de ir até a biblioteca fazer o empréstimo. A BMA também adotou esse procedimento.
Todas essas atividades são coordenadas pela diretora Rita de Fátima Gonçalves Pisniski, formada em pedagogia, lecionou durante algum tempo e hoje dirigi um das maiores bibliotecas da cidade.
Repórteres Mônica Magalhães e Paula Farias
Editora Angelina Miranda
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