25/07/2010

Educação Democracia e Cidadania

Discutir com seriedade a educação publica brasileira requer uma visão critica de toda dimensão do problema, desde o ensino básico ao superior da responsabilidade do Estado e do papel da sociedade civil. Desde o momento que a educação passou a ser tratada como mercadoria a ser vendida, foi criado um grande fosso entre a educação privada e a educação publica, prejudicando a democracia e a cidadania que deveria existir de iguais condições de ensino para todos os brasileiros.

Nessa desvantagem estão a maioria da população que tem um péssima qualidade na educação publica, são freqüentes os casos de violência, negligencia,dentro dessas instituições, sendo assim a escola publica vem produzindo sistematicamente o fracasso e sendo passado de geração a geração, de pais para filhos.

Dessa forma a educação no Brasil é igual ao exemplo criticado por Alain no sistema francês, "um ensino monárquico, ou seja, aquele que tem por objetivo separar os que serão sábios e governarão daqueles que permanecerão ignorantes e obedecerão”.

Educação é entendida, basicamente, como a formação do ser humano para desenvolver suas potencialidades de conhecimento, julgamento e escolha para viver conscientemente em sociedade, o que inclui também a noção de que o processo educacional, em si, contribui tanto para conservar quanto para mudar valores, crenças, mentalidades, costumes e práticas.

A educação como formação e consolidação de tais valores torna o ser humano ao mesmo tempo mais consciente de sua dignidade e a de seus semelhantes o que garante o valor da solidariedade assim como mais apto para exercer a sua soberania enquanto cidadão.

A Constituição Brasileira prevê um Plano Nacional de Educação, a ser estabelecido, por lei e, portanto, como um programa de toda a comunidade nacional, e não de um determinado governo, porém esse Plano Nacional, esta longe que alcançar seus objetivos, muitos projetos voltados para a Educação é parado ou simplesmente “engavetado “devido a divergências entre partidos políticos, e no meio dessas desavenças fica a população sem saber a quem recorrer.

A sociedade civil precisa se posicionar para exigir mudanças, a criação de ONG, Movimentos Sociais, voltados para a área da educação tem sim surgido efeito, nos últimos anos, foram criadas políticas publicas, ações sociais para a educação, mas ainda é pouco é necessária uma grande reestruturação na Educação Brasileira, é preciso que tanto o Estado como a sociedade civil trate a Educação como prioridade, só assim o Brasil conseguira se desenvolver, porém para algumas pessoas que estão no poder esse desenvolvimento, essa educação, voltada para as camadas mas excluídas da sociedade não é viável. E até quando nos enquanto povo Brasileiro vamos nos conformar com isso quantas gerações mais serão prejudicadas?

19/07/2010

Não se iluda irmão













Mais uma vez a mídia burguesa ataca ferozmente o Hip Hop, desde quando o Estadão se preocupa com o Rap , com o que o povo da periferia esta ouvindo ? Mais uma vez eles usam suas armas e atacam o Rap, tenta desmoralizar o Movimento que continua a ser apesar das dificuldades a voz da favela, a voz dos excluídos. Por quer se o Rap não cantar a realidade do povo sofredor da periferia, se o Rap não bater de frente com a opressão do sistema quem vai? O Estadão acho que não.
O Rap tem os seus problemas claro que tem, mas quem tem que debater esses problemas é quem é do Rap quem Ama o Rap, não podemos aceitar que a burguesia agora aponte o dedo na nossa cara e aponte nossos defeitos. Quem são eles para falar de nós.
O que há é sim o boicote com o Rap que mesmo assim continua sobrevivendo não há mais Rap na virada cultural, mas esse ano no mesmo final de semana da virada la no Paço Municipal em São Bernardo do Campo houve um grande show de Rap , que reuniu grandes nomes entre eles o Poeta Gog, com um publico estimado em 5 mil pessoas, com policias em volta , tudo aconteceu na PAZ isso é claro o Estadão não noticioso por que será ? Porque irmãos eles nunca vão falar bem do Rap, por que o Rap representa a periferia e eles representam a Burguesia.
Não se iluda vamos sim repensar nossos erros, mais quem tem que fazer isso somos nós não eles.
O que esta em jogo no momento é que estamos sendo atacados, vamos nos unir o inimigo não sou eu não nem é você, não é aquele irmão que pega o mesmo ônibus lotado, que tenta estuda na mesma escola pública, que enfrente a mesma fila do desempregado todos os dias de manhã. O inimigo essa hora esta rindo da nossa cara enquanto a gente se ataca.
“Não sinta raiva de que sofre como você, mas sim de quem os fazem sofrer”

18/07/2010

A bala perdida da desigualdade

Wesley brasileiro de apenas 11 anos, morreu com uma bala no peito dentro sala de aula de uma escola publica no Estado do Rio de Janeiro.

As autoridades agora estão investigando se a bala perdida partiu da arma de uma policial ou de algum criminoso.

Porém muitos fatos já estão mais do que comprovados e não precisam de investigações, Wesley não foi vitima de uma bala perdida, ele foi vitima da guerra civil que esta mergulhado o Estado do Rio de Janeiro e tantos outros estados do país.

A bala não é perdida ela tem destino certo, que são os moradores das favelas do Brasil, um povo esquecido pelo poder publico, a mercê da própria sorte, em meio aos becos e vielas.

Como podemos aceitar que um menino vá para a escola e morra com uma bala no peito em plena sala de aula? Como aceitar que um brasileiro perca a vida de uma forma tão cruel?

São perguntas que não param de soar na minha mente, aquele menino cheio de vida, sonhos, poderia ser meu filho, poderia ser seu filho.

Que sociedade é essa, movida pelo consumismo desenfreado por um capitalismo selvagem, que a cada dia faz crescer a concentração de renda, e os pobres no Brasil vão ficando cada vez mais pobres, sendo explorados e sustentando essa elite perversa.

Quando uma mãe batalhadora, empregada domestica pensa que mandando seu filho para a escola ele estará seguro, estudando para que tenha no futuro, uma vida melhor, acaba sem saber mandando o filho para a morte, uma bala que atravessou os muros da escola, os muros da desigualdade e acertou certeiro o peito de um brasileiro inocente.

Wesley foi mais uma vitima da guerra civil, provocada pela desigualdade social, pela falta de justiça. Criminosos controlam favelas que mais parecem cidades, a policia órgão do governo que deveria fazer a segurança do povo não faz, por que não foi criada para isso, chega na favela atirando, e perguntando depois, são homens fardados despreparados, e no meio esta a população de comunidades carentes, em sua maioria negros , trabalhadores informais, desempregados, brasileiros que não sabem a quem recorrer.

Hoje foi o Wesley, ontem foi o João, Maria, Ronaldo... E amanha quem será o próximo? A engrossar os números frios e tristes das estatísticas sobre violência urbana que assola o povo brasileiro.

As perguntas ficam no ar, a dor no coração dos pais que perderam um filho, a indignação na mente de quem não quer aceitar essa situação.

Estamos em um ano eleitoral será que dessa vez alguma coisa será mudada?

Quantas gerações mais serão massacradas? Quantas mães mais choraram a morte de seus filhos?

A Paz só será alcançada quando houver a justiça igual para todos, quando a tão desejada igualdade social for alcançada.

Mas para que isso aconteça é preciso ter uma mobilização do povo, por que do contrário continuarão a serem nossos filhos que morreram com a bala perdida da desigualdade social.

.

04/07/2010

Educação feita para deseducar

Vivemos em uma “Democracia” aonde na constituição consta que todo cidadão tem direitos e deveres.
Por que então direitos tão essenciais como ter uma educação com qualidade é negado aos cidadãos de baixo poder aquisitivo?
Essa é a pergunta que não se cala, que agora esta apertando meu coração enquanto escreve esse texto.
A partir do momento em que o Estado permitiu que o capitalismo transformasse educação em mercadoria, e foi erguido um império de escolas particulares, situadas em bairros nobres., onde estudam os filhos dos empresários, políticos .
O que sobrou para a periferia para os filhos dos pedreiros, empregadas domestica foi o descaso com a educação publica, que esta cada vez mais em estado de calamidade.
Por que será que a educação, o conhecimento é negado para os pobres do Brasil? A resposta é simples o conhecimento liberta, abre a mente das pessoas, muda visões de mundo , altera concepções e desperta a vontade de mudança.

A partir do momento em que a população espalhada pelas periferias do Brasil perceberem que são seres humanos, cidadãos, e que não merecem viver em condições de miséria, sendo enganados pelo estado, e sofrendo a opressão do sistema.
Quando a população perceber o poder que tem em suas mãos calejadas, quando a auto-estima desse povo sofrido for recuperada somente assim é que as mudanças poderão começar a acontecer.
É esse o medo que assombra o Estado brasileiro e sua elite perversa que faz com que a educação publica seja essa vergonha, criando uma geração de alienados fáceis de manipular.

Alienação começa na escola com as falsas aulas de história, onde é negado o direito do povo saber quem realmente foi Zumbi do Palmares, um povo que não conhece sua história é como uma árvore sem raiz que apodrece e morre. Em geografia não é ensinado o porquê no nordeste ainda tem brasileiros que morrem por causa da seca, em português é difícil saber interpretar um texto, entender os significados das palavras, em matemática, física, química o professor ausente, fará falta no futuro.
A grade curricular parece piada, mas não é tudo esta programado para deseducar, para completar ainda tem a péssima infra-estrutura, que se mistura com os mais diversos casos de violência, esse é o triste retrato da educação pública no pais de mais 196 milhões de brasileiros.

O que me preocupa é saber que eles estão conseguindo que a maioria da população já se acomodou nessa situação, as pessoas acham normal, escrever e falar errado, pelo simples fato de serem pobres, por morarem na periferia.
Até parece que ser pobre, morar na favela é um crime, que somos culpados e que merecemos tudo o que há de pior.
Não somos culpados por essa situação, e não merecemos o pior por que moramos em cima de córregos entre becos e vielas, a culpa é desse sistema opressor, que não mostra o rosto ,que apenas aparecem em estatísticas que são aqueles 10% que controlam 90% da riqueza do pais.

O conhecimento nos é negado, e o que vamos fazer? Cruzas os braços e nos conformar? Vamos lutar e revolucionar, se organizar, o primeiro passo é desligar a televisão, esquecer a novela , e ler um livro, mas não romances vazios , leia grandes escritores( Florestan Fernandes, José Saramago, Paulo Freire) entre tantos outros como ( Ferréz, Sérgio Vaz, Alessandro Buzzo ) é a periferia descobrindo seus talentos.
Não tem livros em casa? Vá até as bibliotecas públicas que são difíceis de encontrar, mas tem umas escondidas, sebo é lugar de encantos, livro por 5 reais, o dinheiro eu sei que é pouco, mas se você não comprar mais aquela sandália que a modelo diz que você tem que ter para ser bonita , vai sobrar para o livro .
Você não consegue entender as palavras direito? Não se envergonhe a culpa não é sua, a vida toda em escola publica só poderia ser esse mesmo o resultado, então procure um amigo peça ajuda.

As dificuldades que temos são muitas, mas não é possível mais esperar o milagre vim dos céus, é preciso começar as mudanças agora, ela começa dentro de cada um de nós. Quantas gerações mais serão estragadas pelo sistema que diz para o menino através de suas novelas, programas de televisão que ele não precisa estudar que ele só precisa de uma moto e um tênis de marca e será alguém na vida.
Lembre irmão você não tem culpa da situação em que você nasceu, mas tem culpa se permanecer nela.