30/07/2014

Meu museu


Hoje, acordei disposta a abrir as gavetas, revirar os papéis e fazer uma faxina.
Sentei no chão e comecei a folhear, antigos cadernos, agendas amareladas, tudo com tantas histórias.
Queria sim, jogar tudo fora, coisas do passado, com pessoas que já se foram, segredos que não mais importam, quis jogar tudo fora, mas não conseguir.
É como se os papéis fossem necessários, afinal se algum dia a memória falhar quem me ajudará a lembrar, de como eu era, dos meus atos, de quem eu amei?
Então, resolvi deixar tudo lá, guardado em pastas, plásticos e envelopes, mas mesmo assim o dia valeu a pena, porque acabei relembrando anos da minha vida, que me trouxeram justamente para onde estou.
E acendeu a vontade de segui em frente, com minhas lembranças guardadas, com as pessoas amadas eternizadas.
Nós que somos feitos de moléculas, também somos feitos de papéis antigos e amarelados, agendas rabiscadas, cadernos com adesivos,  um museu de coisas velhas, que nos preenchem.
E posso afirmar que: agendas velhas, com desenhos nas folhas, antigas cartinhas de amigas e eternas declarações de amor, com direito a coraçõezinhos, são relíquias de quem viveu uma fase onde o papel e a caneta foram surpreendentes.

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