23/11/2012

Quer ir embora ? Pode ir


  Quer ir embora ? 


Pode ir.

A estrada é logo ali, corre ainda está de dia, pode ir.  

Dessa vez não vou pedir pra você ficar. Mas vá sabendo que essa viagem será somente de ida.  

Sinto muito, se durante o nosso trajeto juntos não te fiz feliz o suficiente, que os acidentes que aconteceram pesaram mais que o tempo de viagem com estrada tranquila, sol brilhando e pássaros cantando.

Queria sim, do fundo do coração que toda a viagem tivesse sido agradável, mas durante esse período trocamos de direção várias vezes, oferecemos caronas para outras pessoas, enfrentamos muitas tempestades e passamos por estradas traiçoeiras.

Muitas vezes aceleramos outras vezes diminuímos a velocidade, mas mesmo assim acabamos nos machucando.

Mas agora não vou pedi pra você ficar, vou deixar você seguir sua estrada. E eu segurei a minha, deixando as saudades lá no fundo do porta malas.

Vou pisar fundo para não ter tempo de pensar em você nunca mais.

Porém sei que algum dia olharei pela janela, e sua lembrança aparecerá, mas nesse momento vou aumentar o volume do rádio, e continuar acelerando rumo a uma nova estrada.

18/11/2012

Quem sou eu ?


Quantas vezes durante processos seletivos sempre vinha a questão central, faça uma redação com o tema “Quem Sou Eu?”.

E o pânico já tomava conta, como dizer quem sou eu, em apenas 20 linhas. Como descrever o que penso, o que sinto  e tudo que já vivi em um pedaço de papel, como abrir meu coração para alguém que não conheço ?

Eis a questão mentir ou dizer a verdade ?
E se eles não gostarem de mim?

Quem sou eu????

Uma pergunta que parece simples, mas que guarda tantos significados. Mas posso dizer com convicção, que já não sou mais quem eu era quando tinha 15 anos. Aliais me atrevo a dizer que a cada dia mudamos um pouco, afinal quantos vulcões de emoções e acontecimentos se derramam em nossas vidas todos os dias ?

Os sentimentos e os acontecimentos nos moldam, impossível passar imune diante de momentos alegres, tristes, com encontros e despedidas de pessoas especiais.

O nosso coração, é o que melhor pode nos definir, e está em constante evolução, num processo de mutação diário, sobrevivendo, aprendendo, a amar mais ou a recuar mais, depende do mundo que nós cerca, que interferi em nosso interior.

Quem sou eu ?

Responder essa pergunta não se resume em traçar uma linha do tempo, com data de nascimento, nome de pai e mãe ou simplesmente dizer que sou honesta, tenho caráter, como se isso fosse uma qualidade,  e não o mínimo que possamos ser para conosco e para com o próximo.

Que sou eu ?

Estou aprendendo a me descobrir a cada dia, todas as vezes que pensei que não resistiria, acordei na manhã seguinte ainda mais forte. Nessa jornada já mudei muito, porque penso que quem não muda, fica parado no tempo e no espaço, estou em constante evolução buscando o meu eu, o meu ser.

Os ideais de justiça, amor e liberdade são a base, mas as vivencias diárias ajudam a somar nesse processo de buscar de autoconhecimento. Depois de tudo isso, a próxima redação deixarei em branco, pois não tenho como me resumi em um pedaço de papel.

Afinal de contas,  quer saber mesmo quem sou eu ?

Primeiro descubra quem é você!

09/11/2012

Hoje não vou fingir


Hoje não vou anestesiar minha dor, não vou beber, nem sorrir sem vontade eu não vou agradar ninguém.

Caso me perguntem se estou bem, direi a verdade, que não estou e pronto.

Mesmo que se assustem, não tentarei me explicar. Não entendo o porquê as pessoas fazem perguntas e quando escutam a verdade não gostam.

 Ah, seres humanos deveriam vim com manual de instruções.

Pois bem, hoje só quero sentir cada extremidade desse aperto que sinto no coração, que me sufoca, machuca e causa dor. Ah, dói e muito. Quem foi o tolo que disse que coração é apenas um órgão de bombeia sangue?

Com certeza ,se lá quem for, nunca perdeu um grande amor, uma amizade ou qualquer coisa que gostasse.

Esses cientistas não sabem que entre o céu e o inferno existe uma atmosfera de emoções e sensações que permeiam as pessoas.

Hoje enquanto a chuva cair lá fora, eu quero ficar aqui dentro, com as minhas dores e frustrações e quem sabe assim conseguir entender tudo que está acontecendo, as escolhas que fiz e principalmente as que a vida me impôs, sem nem ao menos, me consultar.

Vou ficar aqui, pensando que sou a unica pessoa, que sofre no mundo, vou ter meu momento egoísta, de pensar só em mim. Quero saber apenas de mim e quem sabe encontrar um novo caminhão, uma nova motivação em meios aos meus devaneios.

Pronto! Hoje não vou fingir, serei apenas eu....

E amanhã pela manhã voltarei para o mundo sorrindo e simpática, pois essa sociedade atual não aceita pessoas tristes, já acham que são doentes. 


Só aceitam as pessoas felizes, aliás, desconfio de quem é feliz o tempo todo, esses sim são os verdadeiros doentes. Não vivem suas dores e se conformam em ser felizes artificialmente.

Paula Farias

24/10/2012

Hoje acordei mais triste



O sol estava brilhando forte, num lindo céu azul, acordei querendo te contar tudo o que tinha acontecido na noite anterior, peguei o celular, antes mesmo de escovar os dentes (risos) a ansiedade é mais forte, mas de repente procurei seu número e não encontrei.

Então me lembrei de que há dias tinha apagado o número do seu celular e da sua casa, mas na mente seus contatos ainda estão gravados, mas mesmo assim não pude te ligar, porque não estamos nós falando.

Tudo aconteceu tão rápido, que não consigo me lembrar do dia, em que começamos a nós perder uma da outra. Será que foi naquele dia em que eu discuti com você, devido ao trabalho em grupo na faculdade? Ou será que foi quando eu cobrei um pouco da sua atenção? Ou será ainda que foi quando te convidei para ir ao cinema e você disse que já tinha visto o filme, sozinha?

Tento lembrar, mas não consigo me recordar ao certo qual foi o dia, mês e hora em que olhei para seus olhos e fui percebendo que a pessoa que eu tanto amava, que por diversas vezes dormiu na minha casa e vice versa, que já me emprestou roupas, livros, Cds, que já me maquiou antes de sair para o show de rap, tinha se tornado uma pessoa estranha.

Será que foi culpa do meu ciúme?

Pode ser.

Sempre fui ciumenta, mas nunca escondi isso de ninguém, mas também sempre fui uma boa companheira principalmente nas horas difíceis, em que realmente os verdadeiros amigos mostram sua face.

Já perfeita, ah, isso eu nunca fui. Mas sempre fui sincera, sempre falei o que sentia e pensava, talvez tenham sido nesses momentos de “explosão”, que possa ter te magoado. Mas também sempre me desculpei posteriormente com a cabeça fria e o coração tranquilo, não estou querendo me justificar, mas poxa, tenho defeitos como todos os seres humanos têm.

Passamos por tantos momentos importantes juntas, vencemos tantos desafios, experimentamos tantas emoções, e hoje não sei nem se quer onde você está, o que está pensando, fazendo ou sentindo.

Sinto um imenso vazio por não ter você por perto agora. Queria poder te ligar, mas não consigo, e  pior que, não é o orgulho que me impede, é algo diferente uma sensação de que o laço que havia em nossa relação foi rompido.

Eu errei muito, mas errei por amor, que pode não justificar completamente as falhas, mas ameniza os erros.

Mas você também errou comigo, me magoou profundamente. 

Dessa vez, não foi foram coisas criadas dentro da minha cabeça, pena que você não consegue enxergar o que se passou, mas compreendo quando se é o centro das atenções, fica complicado mesmo olhar em volta  e perceber o que está acontecendo.

Ah, te amo tanto, mais que uma amiga, a irmã que a vida me apresentou, sua falta dói muito no meu peito, e assim vou descobrindo a duras penas, que para está junto não precisa está propriamente ao lado, pois permaneço junto de você, mesmo a longa distância. 

Torço tanto por você, quero seu bem sempre.

Pois não me lembro ao certo quando foi que nós nos perdemos uma da outra, mas eu lembro como se fosse hoje o dia em que nos conhecemos e cada momento feliz que vivemos. 

Sendo assim, vou ficar aqui com as boas lembranças.


Escrever me faz bem, vou compartilhar com o mundo o que estou vivendo, quem sabe assim essa mensagem chegue até você.


E o futuro?

Vamos esperar para ver o que nos reserva, pois hoje acordei um pouco mais triste.

Paula Farias

09/06/2012

Mídia independente e muitos mais

Tive o privilegio de conceder uma entrevista para o Coletivo de Arte Independente Emblema.
Agora reproduzo a entrevista.

Perguntas direcionadas a jornalista Paula Farias do Site Rap Nacional-

Olá Paula , você , jornalista  e grande representante do chamado quinto elemento, como é que você analisa do ponto de vista de lucro    a venda das noticias e a simples divulgações de informação  para o público leitor do rap nacional .. Da pra levar essa profissão em primeiro plano? Ou seja, viver de jornalismo focado em rap?

Tudo no rap é mais difícil, mas sinto que nos últimos anos os grupos perceberam que precisam se atualizar mais. E hoje em dia o trabalho de uma assessoria de comunicação é fundamental e está sendo mais valorizado dentro do movimento.
Mas, creio que ainda é pouco, faltam mais veículos de comunicação que trabalhem com a temática do Hip Hop, o que dificulta o trabalho e a sobrevivência de jornalistas apenas com o rap ou com o Hip Hop no geral.
Espero que em um futuro não muito distante seja possível viver trabalhando somente com o rap, mas hoje em dia ainda não é possível. São raríssimas as exceções dos profissionais de comunicação que conseguem sobreviver apenas trabalhando com o rap.


Conte-nos um pouco da sua trajetória e momentos marcantes na sua vida..

Eu já amo rap nacional há mais de 10 anos na época não tinha computador em casa ainda, e como tantas outras pessoas da periferia frequentava uma lan house do bairro.  E um dia achei o site do rap nacional e fiquei muito feliz. E partir de então acessava todas as sextas-feiras para saber dos eventos do final de semana e noticias dos grupos. O tempo foi passando em meados de 2009 minha vida mudou completamente, eu consegui uma bolsa de estudos pelo prouni e entrei na faculdade, para fazer o curso que eu sempre quis fazer – jornalismo - e o melhor não iria pagar para estudar. É um absurdo um país que “vende” educação, já que as universidades públicas são reduto de filhos de ricos e as universidades particulares viraram lugar de filhos de pobres uma inversão total de valores. Quando comprei meu primeiro computador comecei a acessar o site todos os dias (risos).
 E um dia teve um show no ginásio do Palmeiras, era a volta do Mano Reco ao Detentos do Rap, teria outros grupos também que agora não me recordo, só sei que eu fui ao show e foi maravilhoso. Cheguei em casa feliz e querendo contar para todo mundo como tinha sido, então resolvi fazer uma matéria , estava no início da faculdade e já sabia o que era um lead (risos) e o restante já estava dentro de mim o amor pelo rap a vontade de dizer que o movimento seguia forte. Então fiz a matéria e mandei para o site através do canal de comunicação fale conosco. E de repente a Elaine Mafra, jornalista do site e esposa do Mandrake me add no MSN, disse que tinha gostado da matéria e queria publicar, na hora não acreditei, quase chorei de emoção. Ela publicou o texto e lá em baixo estava meu nome. Foi um dos dias mais importantes da minha vida, meu primeiro texto publicado e falando sobre rap. E desde então eu não parei mais.


Quem mais te inspira?

Em relação ao jornalismo gosto muito do Caco Barcellos, os livros que ele escreveu “O Abusado” e “Rota 66”, são contribuições que marcaram para sempre não só o jornalismo, mas a sociedade brasileira como um todo.
E jornalistas como Vladimir Herzog (assassinato durante a ditadura militar no Brasil), Alipio Freire, Mino Carta, Rodrigo Viana são todos jornalistas de esquerda, que exercem o jornalismo militante. Veículos como o Jornal Brasil de Fato, Revistas Caros Amigos, Fórum e Carta Capital me inspiram e me fazem acreditar que um jornalismo comprometido com a sociedade e não com o capital ainda é possível.
É claro que Malcolm X, Carlos Lamarca, Che Guevara, Olga Benário, Carlos Marighella, Zumbi dos Palmares também me inspiram, são alguns dos revolucionários que lutaram por uma causa. Já no rap nacional grupos como Racionais MC’S, Realidade Cruel, Facção central, Consciência Humana, Dexter, Gog são alguns dos que me inspiram e me fazem acreditar que o rap permanece vivo.

Quais são seus maiores sonhos e qual seu principal projeto atualmente?

No momento só quero terminar minha graduação no final do ano. Estou escrevendo um livro-reportagem abordando a questão do rap x mídia.  Pretendo lançar o livro até final de 2013. Todas as minhas energias estão focadas nesse projeto que vai somar junto com a literatura marginal e acrescentar mais conhecimento ao público, já que a questão rap x mídia é bem polêmica e atual.

O que a Paula sente falta nos veículos de comunicação?

Sinto falta da democratização na comunicação, os grandes veículos de comunicação do Brasil estão nas mãos de meia dúzia de famílias que decidem o que entra em pauta na sociedade brasileira de acordo com seus interesses próprios.
O recente escândalo da revista Veja mostra bem o quanto o jornalismo brasileiro está contaminado por maus profissionais que utilizam o poder da informação em benefícios próprios. A mídia no Brasil é o 4 º poder e está em mãos erradas.
Em contrapartida a internet tem ajudado nessa luta contra os barões da mídia, mas na rede também tem muito conteúdo duvidoso. É bom sempre procurar vários sites e pesquisar bem sobre determinado assunto.


Você acredita que a mistura de culturas e por simplesmente ter gêneros que vendem muito, o Brasil insiste em não dar ouvida a música politizada da favela , o rap?

A sociedade brasileira em especial a grande mídia despreza o rap justamente porque ele é a voz de quem não tem voz. O rap engajado é a maior forma de expressão da periferia, as rimas cheias de protesto e denuncias incomodam os poderosos, porque o rap politizado bate de frente. Em minha opinião esse é o papel do rap - protestar e ser a voz da periferia- já existem milhares de músicas que falam de amor, mas e da dor quem fala? Se não for o rap a denunciar as mazelas que o povo sofre quem será?
Rap para mim está ligado à militância e por isso ele vive a “margem” da grande mídia, mas mesmo assim o rap sobrevive, grupos como: Facção Central, Realidade Cruel, Racionais MC’S entre outros são provas de que é possível fazer rap militante e sobreviver.     



Como grande conhecedora do cenário nacional .. Qual conselho você dá pra quem esta se envolvendo agora com o Hip Hop?

Seja no break, grafite, sendo MC ou DJ faça o trabalho com amor e respeito ao Hip Hop, esse movimento cultural e social que há mais de 30 anos vêm fazendo a revolução pelas periferias do Brasil e no mundo, Não podemos esquecer que o Hip Hop é de todos os pobres, negros e lutadores. Que tudo começou na Jamaica foi para os guetos americanos e se espalhou rapidamente pelo mundo ajudando a salvar vidas.
O Hip Hop merece todo o nosso amor e respeito o restante como dinheiro e reconhecimento são consequências de um trabalho bem feito. Porque sempre terá alguém olhando para você.


Qual entrevista mais te marcou?

A primeira entrevista é sempre a mais marcante, no meu caso foi com o grupo Ao Cubo, que estava lançando o cd “Um Por Todos”, e a entrevista foi na zona leste eu saiu da zona sul pra leste. Muito ansiosa imaginando mil fitas, mas graças a Deus no fim deu tudo certo.
Depois tiveram muitas outras entrevistas e todas são marcantes e importantes, porque cada uma acrescenta algo a mais na nossa carreira. Destacaria a entrevista com o -Eduardo Facção Central - porque ele estava voltando a cantar depois de ter ficado doente e tinha muitas expectativas em cima desse momento tanto que a entrevista foi gravada em vídeo e foi bem emocionante. Teve também uma entrevista com o - Dimenó  Alvos da Lei - que estava lançando um novo projeto com uns parceiros da Inglaterra. Essa parceria estava causando certa polêmica entre alguns fãs, então conversa com ele esclarecer alguns pontos foi bastante importante. Recentemente eu entrevistei o Rashid e o Projota essas matérias estão na revista Rap Nacional 4, e foi muito bacana conversa com esses novos mc’s, tirar dúvidas, polêmicas e conhecê-los um pouco. Esses são alguns exemplos, mas todas têm sua importância tudo é gratificante quando fazemos o que gostamos.

Existe a sensação de frio na barriga quando esta envolvida nos questionamentos quentes a personalidades famosas, ou você já esta acostumada com o fato de lidar com isso ..

Existe a preocupação de ter que fazer sempre o melhor, pelo rap, pelo público, pelo veiculo do qual eu faço parte e por mim como profissional e pessoa.
A ansiedade e o friozinho na barriga existem, acho que sempre irão existir, eu considero isso um sinal positivo, porque significa preocupação com o que está sendo feito. Quando nos preocupamos é porque existe sentimento naquilo que está sendo produzido. Quando passamos a faze algo e não sentimos nada, então eu já acho preocupante.
E outra coisa também, cada trabalho, entrevista e matéria são diferentes, porque são momentos diferentes e pessoas diferentes.


Fale um pouco da Paula como pessoa

Eu sou muito simples, ligada a minha família e as causas que eu defendo – Hip Hop, questão racial, reforma agrária- sou muito transparente falo o que penso e nem sempre agradar algumas pessoas. Creio que pelo fato de vivermos em uma sociedade capitalista e consumistas algumas pessoas acabam se assustando quando escutam algumas verdades (risos).


Deixe seu alô pro pessoal do coletivo sou emblema e pra todos que acompanham essa nossa batalha diária de divulgar e promover Arte independente nos quinto cantos das periferias brasileiras.

Quero agradecer o convite e a oportunidade de bater esse papo com vocês
E desejar vida longa ao Emblema que vocês tenham força na caminhada para continuarem levando e promovendo a arte independente levando cultura e ajudando a democratizar a comunicação e o saber.



07/04/2012

Por que Escolhi o Jornalismo ?


por: Paula Farias


Não sei bem ao certo quando tudo começo, mas lembro que um dia pensei quero ser jornalista e desde então o jornalismo entrou na minha vida de uma forma arrebatadora.

Posso considerar que já são 03 anos sentindo na pele algumas das dificuldades da profissão, o glamour que muitos imaginam esta restrito a meia dúzia de veteranos na vida real ser jornalista não é nada fácil. 

Mas se eu desejasse o tapete vermelho iria tentar ser artistas ou celebridade instantânea, mas não o que me motiva não tem a ver com dinheiro ou fama, é algo que vem da alma chama-se inquietação.

Um desconforto com o que vejo e leio nos grandes veículos de comunicação uma sensação de impotência diante de tanta falsidade e cinismo.

 Observando os barões da mídia que utilizam de uma forma tão traiçoeira o bem mais precioso de uma sociedade que é a informação, tudo para defender interesses particulares e obscuros. 

Tendo consciência de como a informação tem o poder de transformação que resolvi ser jornalista, porque eu desejo a transformação não só do meu bairro, da minha cidade, mas do Brasil e porque não do mundo.

Compreendendo a força que há na informação que  move multidões que eu me apaixonei pela profissão que na minha modesta opinião nunca deixará de existir.

Porque o jornalista sempre será esse mediador social entre a noticia e a sociedade, pode-se mudar a tecnologia as ferramentas de comunicação mas a figura do jornalista sempre fará parte, a máquina não substituirá o coração do jornalista  que escreve e se dedica a profissão.

Já que em contra partida aos maus profissionais ruins por vocação ou escravizados pelos veículos onde trabalham existem jornalistas de alma, aqueles que assim como eu ainda acreditam na mudança e lutam por ela.

A primeira vez que tive um texto meu publicado no site Rap Nacional foi um dos dias mais felizes da minha vida e desde então varias conquistas foram realizadas. 


Dentre as varias matérias e entrevistas impossível classifica-la já que todas tem sua particularidade seja falando de um show, grupo, projeto social de tudo sempre consigo tirar um aprendizado como pessoa e como profissional.

Tenho a convicção de que o caminho ainda me reserva muitas realizações e tenho a certeza também de que nada será fácil.

Como já mencionei não quero o tapete vermelho quero exercer o jornalismo alternativo sem o falso mito da total imparcialidade, mas respeitando o público apresentando os fatos e fazendo com que o cidadão possa refletir e tirar suas próprias conclusões.

Já que um povo sábio é justamente aquele que fará  a mudança.
 E desejo imensamente escrever essas matérias serão as páginas mais importantes.

07 de Abril dia do Jornalista!!!



Dia do Jornalista


A grande mídia manipula as informações de acordo com seus próprios interesses.


Desrespeitando o público, mas em contra partida dessa mídia golpista há no Brasil a mídia alternativa que exerce um jornalismo serio e comprometido com o povo brasileiro.

São para esses profissionais e colegas de profissão em quem eu me inspiro que eu desejo força na caminhada. Hoje a pauta somo nós

07 de abril dia do JORNALISTA

01/04/2012

Ditadura Nunca Mais


Mano Brown ícone da música negra

Minha revista Caros Amigos 1998 edição número 10 , com Mano Brown, na capa chegou.
O título da matéria é "Mano Brown é um fenômeno".

Hoje, passado mais de 10 anos ele não é mais um fenômeno ele é uma REALIDADE porque ele é filho da periferia e NUNCA se deixo domina pela mídia.






“Gueto Em Festa” o programa dos manos e minas de língua portuguesa


Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Thomé e Príncipe e Timor Leste o que esses países tem em comum além de ambos falarem a língua Portuguesa?
Grupos de rap desses países participam da programação do Gueto Em Festa que é o primeiro programa de Hip Hop dedicado aos países de língua portuguesa.

O programa é produzido em Lisboa-Portugal, e pertence ao Hip Hop. “Somos totalmente independente, produzimos, editamos, colocamos na grade de programação, a rádio  tropical FM apenas abre o espaço o Gueto em Festa é de todos nós do movimento Hip Hop. Nós apenas fazemos com que vá ao ar e garantimos a qualidade da programação”, declara DJ loco um dos idealizadores do programa.


Sendo tão inovador e revolucionário um programa de Hip Hop dedicado à língua portuguesa, é claro que o maior grupo de rap nacional do Brasil, Racionais MCS tinha que ter uma relação com esse fato. “O programa foi lançado em marco de 2010  durante um show dos Racionais Mc´s em Portugal, o Mano Brown e o Ice Blue nos deram apoio total”, relembra  DJ Loco.

Toda a programação é dedicada a quebrar barreiras, levando e divulgando o rap em várias regiões. Tanto que é possível encontrar pelas ruas de Lisboa, angolanos cantando músicas do Realidade Cruel, com sotaque mas cheios de estilo e conhecimento porque eles pesquisam tudo que sai de novo.

A grade de programação é bem diversificada e atende aos pedidos dos ouvintes que mandam seus pedidos, por email, via redes sociais ou por telefone. Rap nacional toca desde Dina Di, Dexter, Realidade Cruel, Gog, Facção Central, entre outros brasileiros. E os grupos de rap dos demais países de língua portuguesa também marcam presença na programação. “Recentemente recebemos uma música de um grupo da Guine Bissau que fez bastante sucesso.

O português é uma língua muito rica temos qualidade sonora suficiente para exibir mais uns 500 programas como o Gueto Em Festa espalhados pelo mundo”, declara DJ Loco entre sorrisos.



O programa também ajuda a divulgar o trabalho de grupos novos com a última hora  dedicada para os que enviam suas músicas por e-mail. Já que não basta apenas fazer música, quem faz precisar ter onde tocar, pois sempre vai ter alguém que para ouvir, esse é o trabalho do programa tocar rap, preservando a língua portuguesa e toda sua cultura.

E o Gueto Em Festa deseja muito mais e os próximos passos será uma visita aos países africanos para conhecerem os ritmos das ruas pessoalmente como explica o DJ Loco. “Nosso meta é analisar todos os países que tem rap na nosso idioma e eu pretendo ano que vem visitar esses lugares, um país da África  sofre muito mais que qualquer estado mais pobre do Brasil, e mesmo assim os  caras conseguem ter uma qualidade musical muito louca e colocam muito sentimento no som”.

E o rap nacional na opinião do DJ Loco que há 6 anos mora em Lisboa e frequentemente vem ao Brasil, ele dispara. “Nós o rap nacional como um todo evoluímos muito não dependemos mais de ninguém, temos o público que nos ouvem, temos rádios, produtores de música e vídeo, tudo para que possamos  realizar  bons trabalhos, os grupos devem procurar se profissionalizar cada vez mais usufruir de bons recursos”.

Sobre as divisões que existem no rap nacional DJ Loco manda um recado. “O rap não é meu nem de ninguém e temos que respeita- ló independente de onde venha, uns dizem que o rap é um par de toca discos e um mc cantando, outros que é responsabilidade social pra mim e isso tudo e mais um milhão de coisas”.

Como diria o poeta Sérgio Vaz “ Gueto em Festa a verdadeira embaixada do Brasil na Europa”.



Matéria : Paula Farias


12/02/2012

EU TE AMO e acredito em você homem de luta e coragem


Por :Paula Farias

Na primeira vez que te vi logo me encantei com seu jeito de ser, sua voz forte , com palavras cortantes “vivemos num país desigual ,onde o racismo ainda predomina”  as palavras entraram em meus ouvidos. Em seguida seu sorriso companheiro, logo invadiu meu coração.

Os seres humanos são tão carentes ao ponto que na primeira demonstração de carinho que recebem de alguém  logo se apaixonam, e não foi diferente comigo quando me toquei já era tarde.
Há vários tipos de amor , mas uma coisa é igual em todos, quando é de verdade nem o tempo, distância , ou brigas conseguem apagar porque é algo que vai além do corpo e da alma .

É algo maior, é um sentimento de querer ver o seu sorriso, saber que esta bem , sempre firme na luta .
 Que mesmo estando a distância se preocupa, lembra e se aquece toda vez que recebe um sinal de que esta tudo bem contigo permanecendo  firme.
Eu me sinto feliz por sentir esse amor, que não espera nada em troca, que se alegra com um abraço apertado e com um sorriso sincero.

Esse é o mais puro dos sentimentos que não aprisionar, não cobra, não sofre porque simplesmente não espera o retorno, só espera que você sempre esteja bem , onde quer que esteja.
O amor de coração,  sangue,  ideais e lutas maior que qualquer sentimento pequeno de posse ,ciúmes e domínio.

Parece difícil de entender?

 Mas realmente é difícil  porque há coisas na vida que a ciência não explica, a bíblia não esclarece, que é preciso ser sentida no coração.
E coitado daquele que acha que o coração é só mais um órgão que bombeia sangue, ou que só existe amor se houver corpo a corpo, não amigo há muito amor quando há coração com coração, ideais com idéias lado a lado na rua, na guerra na resistência.

Quer saber o nome dele que me alegra com o olhar e me marcar com palavras?
Ele se chama revolução , mas não é algo abstrato não , ele tem corpo formado por cabeça, tronco e membros ,  e um enorme coração guerreiro de zumbi , sempre ao lado do povo , nas ruas lutando , organizando e manifestando.
A revolução está no homem , não em todos porque assim como o amor é preciso ter sensibilidade para aceitar e entender.

EU TE AMO e acredito em você  homem de luta e coragem  


05/02/2012

5 perguntas 5 respostas a sinceridade assusta


por : Paula Farias

Quando encontramos uma tristeza, uma lágrima ou uma dor, logo queremos saber o motivos  o porquê de tudo isso certo?

Então quando tomamos coragem de perguntar o porquê as respostas sempre nos chocam , a sinceridade que muitas vezes é falha no dia a dia quando ela vem assim a seco assusta.

Então fui ter uma conversa e tentar descobri os motivos  em 5 perguntas obtive as 5 respostas mais sinceras que poderia obter de alguém.




Quero saber se tem medo da morte? 
Não.
Nessa vida louca a morte é a que menos me preocupa . Alias acho que ela seria a grande solução para todos os problemas e dores que sinto.
Eu não escolhi essa vida já nasci dentro dela, com essas marcas no corpo na mente, ouvindo gritos e lamentações.

Quem é você ? 
Não sei sou tantas ao mesmo tempo.

Da mesma forma que sou forte e me revolto com as injustiças desse mundo cruel, também sinto desprezo e vontade de sumir, de parar de pensar nas coisas que penso, de não mais sentir o que sinto.
Que me importa as dores do mundo se o meu peito também dói, do que me importa as lágrimas do mundo, se a minha face vive molhada também.

Talvez se conseguisse não pensar tanto no mundo pudesse ser feliz, vivendo no mundinho encantado das bonecas, mas não consigo e continuo habitando o mundo perverso do capital, do consumismo, do padrão de beleza, das injustiças sociais e raciais.

Vivo assim esse conflito diário sinto que há varias faces dentro de mim cada uma com sua personalidade, tem a boa que deseja ajudar, mas tem a má que só pensa em vingança, a medrosa, a corajosa, a sonhadora que só deseja ser amada e a pés no chão que já não perde mais tempo com essa ilusão.

O futuro ? 
Não sei como será.

Quase sempre desejo não chega até ele, já esta difícil agora não creio que melhore em um tempo distante.

Do que sente medo? 
Da dor.
As noites sozinhas me assustam porque é nesses momentos que o coração dói, o celular não toca , não há ninguém pra ligar, pra conversar. A solidão essa é a única companhia indesejável, mas a que não falha esta aqui todas as noites.

Um sonho ? 
Viajar para outro mundo ...


Quer saber quem foi que me respondeu ? 
Pergunte para si mesmo , a resposta pode esta dentro de você é preciso encara-lá de frente.

*Qualquer semelhança com a realidade pode não ser mera coincidência .