18/06/2011

Quem é mais louco ??????

Andando pelas ruas do centro da cidade é possível observar vários moradores de rua.

Meu foco nessa reflexão são as pessoas que perderam a noção do que é real, para o que é imaginação, que perderam o chamado “juízo” , ou os loucos mais popularmente conhecidos.

Quantos brasileiros vivem em estado de demência mental abandonados pelas ruas a mercê de sua própria sorte ou da intervenção divina? Perdidos em meio ao tempo e espaço, sem nem ao menos saberem quem são, da onde vieram e muito menos para onde irão.

A resposta é muito simples são muitos.

E o que levaram essas pessoas a perderem o senso das coisas? Se tornando totalmente indiferentes ao que acontecem ao seu redor, e a si próprios todos os dias, nas ruas da cidade de aço que é São Paulo e tantas outras metrópoles brasileiras.

As respostas podem ser as mais variadas, alcoolismo, drogas, depressão, abandono. Mas a duvida que é fica é quem é mais “louco” quem vive pelas ruas , ou quem vive preso a esse sistema capitalista, opressor que massacra milhões de brasileiros e rouba sonhos e esperanças.

Será que é tão absurdo pensar que nós seres” normais” é que somos os verdadeiros doentes mentais, que vivemos presos muitas vezes em uma vida infeliz, sendo mão de obra barata, muitos sem nem ao menos saberem se terão o que almoçar ou jantar no dia seguinte, sobrevivendo a lutas penas .

Sem ter como sonhar com uma vida melhor acordando todos os dias as 4 e 30 da madrugada. Com o sono sendo bruscamente interrompido pelo despertar do relógio, instrumento de medição do tempo, inventado pelo capitalismo para escravizar os trabalhadores à corrida interminável contra o tempo.

Mães e pais que não tem tempo para acompanhar o crescimento de seus filhos, por que estão presos no transito, no trabalho mal remunerado e infeliz.

Obrigações impostas pela vida “normal” trabalhar, pagar contas e sobreviver e rezar por dias melhores , para os que tem algum tipo de crença, para os que não nem esse consolo resta.

Será que somos realmente normais? Será que somos mais felizes do que aqueles que vivem em um mundo próprio de fantasias e que não sabem distinguir a realidade dos fatos

Talvez muitas dessas pessoas simplesmente se entregaram a perder a razão como uma forma da fuga da realidade capitalista, individualista e cruel que é a sociedade em que estamos mergulhados.

Eu não tenho essas respostas precisas.

Mas eu tenho o sentimento de quem anda pelas ruas, e olha nos olhos desses moradores de rua “loucos”.

Eu observo muito mais brilho no olhar desses “loucos” das ruas, em comparação com quem esta dentro dos ônibus lotados com amargura estampada em cada traço.

Talvez a loucura para alguns até tenha sido a melhor saída, apesar que a dúvida persiste de quem é mais “louco”? , você decide.

Texto : Paula Farias

07/06/2011

Hoje acordei mais velha

Hoje eu acordei e não tinha mais 15 anos, o tempo é mesmo algo implacável passa tão rápido e forte como a brisa da noite, ele vem toca seu rosto e vai modificando sua expressão, e sua vida inteira.

Quando tinha apenas 15 anos eu não sabia bem ao certo o que gostaria de ser grande crescer (risos), mas eu sabia que desejava evoluir, oferecer um futuro melhor para a minha mãe e fazer meu irmão me ter como um exemplo vitorioso a ser seguido.

Então em meio ao desejo de progresso e mudança o jornalismo chegou no meu coração e fez morada e decidi quero ser jornalista. Não para trabalhar na televisão alias tenho vergonha das câmeras, mas para trabalhar em uma redação, ir a rua ter contato direto com os fatos.

E foi ai que a luta realmente se iniciava na minha vida, quando deixei de lado a fantasia e me deparei com a vida cruel e real , levei um susto da onde tirar dinheiro para pagar uma faculdade? Mas não deixei isso me abater e desde então a busca por uma bolsa 100% de estudos virou minha meta.

Foram três anos fazendo à prova do Enem, me inscrevendo no prouni disputando com vários estudantes a tão desejada e sonhada bolsa de estudos.

E como que por um milagre dos céus eu consegui, o dia da minha matricula foi um dos dias mais felizes da minha vida. Só me enganei em um ponto aquele não era o fim da luta, mas sim o começo da grande batalha que se iniciaria.

O mundo acadêmico foi abrindo meus horizontes, hoje estou amadurecida e mais convicta ainda dos meus propósitos, já faz três anos que entrei na sala de aula do curso de jornalismo pela primeira vez.

Eu venci o medo, o receio e venho me destacando com boas notas, participação ativa nas aulas. Mas isso não é o suficiente por que o grande desafio eu ainda não venci o cruel mercado de trabalho.

Ter ideais desejo de mudança, melhoria na vida da sociedade, a vontade de exercer um jornalismo transparente com o leitor, não é o que o mercado capitalista deseja do profissional jornalista.

O capital que transforma tudo em mercadoria e só visa o lucro, não quer jornalismo comunitário , não quer agentes da verdade , da noticia sem fins lucrativos.

É contra esse vilão a minha grande luta, eu não tenho inglês fluente, ainda não viajei para fora do país, não estudo na “melhor “ universidade do Brasil, mas eu sou Paula Farias tenho caráter e sonhos .

E é justamente isso que eu não vou deixar morrer jamais. É uma luta muito desigual esse momento atual da pós-modernidade esse sentimento de tédio, de fracasso, onde as relações humanas estão tão superficiais causa angustia e desespero.

A todo o momento me pergunto será que vale a pena? Será que o melhor não seria esquecer tudo isso e viver com tantos entorpecidos na alienação e com falsa sensação de felicidade.

Mas quando eu saio nas ruas e vejo os rostos dos cidadãos comuns tão tristes, com o olhar perdido em meios as dificuldades do dia a dia, quando vejo crianças dormindo no chão sem saberem se vão acordar no dia seguinte, quando leio tantas noticias sobre escândalos, crimes, desigualdade social, racial que continua fazendo padece sobre milhões de brasileiros.

Quando eu volto para casa e olho no rosto da minha mãe e vejo o sorriso do meu irmão eu já consigo mais uma vez me enxergar e perceber que nem se eu quisesse não daria nunca para mudar de lado no meio da guerra.

E o mais impressionante eu não escolhi esse lado eu já nasci dentro dele, e o jornalismo é a arma escolhida pra fazer a transformação. Informação é poder precisamos tomar de assalto todos os espaços que tenham jornalistas, médicos, advogados, psicólogos, assistentes sociais enfim que em todas as camadas da sociedade tenham profissionais vindos da periferia com a mesma sede de justiça , paz e liberdade que eu tenho.

É por tudo isso que eu não vou desistir muito sangue inocente foi derramado para que hoje eu pudesse ate mesmo escrever esse desabafo.

Eu vou honrar meus antepassados e prosseguir na luta, por que cada suor e lagrima não será sendo em vão.

Saúde feminina


A prevenção e a informação fazem toda a diferença para ter uma vida saudável

Por Paula Farias


O câncer de mama é uma doença que afeta a saúde e a percepção da sexualidade feminina.

Esse vilão que prejudica a saúde das mulheres afeta principalmente as que estão com mais de 40 anos e já se tornou a principal causa de morte entre as mulheres brasileiras.

É preciso desmentir alguns mitos sobre o câncer de mama, nódulo de mama não significa câncer de mama. A maioria dos nódulos são benignos.

E quanto mais cedo à doença for diagnosticada mais chances de cura a mulher tem, por isso é de extrema importância a realização de exames de imagem, como a mamografia, anualmente, a partir dos 40 anos.

Não há desculpas para a não realização dos exames preventivos, e ainda há o auto-exame, que deve ser realizado em média a partir do terceiro ou quarto dia após a menstruação.

Ele é muito simples de ser realizado é preciso que a mulher sinta melhor a própria mama, com o braço levantado, em pé e depois deitada, ela mesma vai realizando o auto- toque de uma forma simples, mas que faz toda a diferença.

O exame preventivo é a melhor forma de precaução, a vergonha ou timidez deve ser deixados de lados, já que a saúde feminina deve permanecer sempre em primeiro lugar. Não é admissível que em pleno século XXI mulheres ainda morram por terem vergonha de se auto tocar ou de procurarem um médico.

O que causa o grande numero de mortes de mulheres brasileiras é justamente a falta de informação e da auto prevenção. Por que uma vez que a doença é diagnosticada rapidamente a paciente é encaminhada ao tratamento e as chances de recuperação são enormes .

Quando acontece alguma alteração no exame mamográfico anual, a mulher é submetida a uma biópsia, que é um procedimento simples, com anestesia local. Se o resultado for positivo dependendo do grau que esteja o nódulo, ela já é encaminhada para a, avaliação que dirá qual será a cirurgia mais adequada.

Após o ato cirúrgico o tratamento continua através da quimioterapia e com o avanço da medicina os efeitos colaterais são muito pequenos.

Já para os casos mais graves onde é preciso fazer a retirada da mama, à reconstrução pode ser feita em uma segunda cirurgia ou até de maneira imediata dependendo de cada caso.

O que deve ficar bem claro é que depois do câncer a mulher volta a ter uma vida normal, e que a prevenção é o melhor remédio para evitar e tratar o problema.

E com os avanços da medicina mais a busca diária pela informação de como se cuidar é o que vai levar as mulheres a manterem uma vida saudável..